Sentindo-se uma fraude? Entenda a "síndrome" da impostora
- psidjenane
- 19 de fev.
- 2 min de leitura
Já se sentiu como se não pertencesse ao seu próprio sucesso? Essa sensação pode ser um sinal da síndrome da impostora. A "síndrome" da impostora, apesar do nome, não se trata de fato de uma desordem psicológica e não se encontra nos manuais de diagnósticos vigentes, ela descreve uma influência que afeta as pessoas de todos os gêneros, mas impacta especialmente as mulheres. E as mais atingidas são aquelas que conquistam um lugar de destaque em profissões tradicionalmente ocupadas por homens.

Esse termo foi criado pelas psicólogas norte-americanas Pauline Clance e Suzanne Imes em 1978 para descrever um estudo que fizeram sobre mulheres bem-sucedidas. O termo apresentado descreve pessoas que têm a percepção de ser uma impostora, que duvida das suas próprias conquistas, das suas habilidades e qualidades, mesmo que existam evidências contrárias a essa ideia de si.
As mulheres que vivem esse fenômeno acreditam que não são merecedoras das suas conquistas e do seu sucesso, atribuem elas à sorte, e sentem medo de que a qualquer momento a sua farsa seja revelada e se julgam não merecedoras das próprias conquistas.
Só acontece comigo?
A síndrome da impostora é um fenômeno social muito mais do que um problema individual e pode estar relacionada a experiências na infância, à classe social, à etnia e ao gênero (as próprias cunhadoras do termo destacaram que a internalização dos estereótipos de gênero são geradores das percepções distorcidas do fenômeno da impostora).
O maior medo de quem experimenta a síndrome da impostora é que, a qualquer momento, as pessoas mais próximas possam perceber a fraude que elas são e isso afeta diretamente a saúde mental delas.
Num grau mais sério dessa percepção, as impostoras podem acabar sabotando o próprio processo de crescimento, pois na tentativa de evitar a "grande descoberta", podem se esquivar de atividades sociais ou mesmo se isolarem.
Você está sendo uma impostora quando:
Atribui o seu sucesso a algum tipo de sorte ou destino
Diminui a importância das suas realizações
Não consegue aceitar um elogio sem refutar o que foi dito
Ignora todos os acertos e só foca nos seus erros
Nunca se considera merecedora das suas conquistas
Se compara com os outros e sempre perde a “disputa”
Questiona as próprias habilidades mesmo tendo experiência e conhecimento suficientes
Passar por isso requer um aprofundamento do autoconhecimento e a psicoterapia pode ajudar pessoas a compreender as origens das suas inseguranças e medos, a lidar com esses pensamentos de insuficiência, a desenvolver a autoconfiança e verificar se existem outros problemas atrelados à sensação de farsa, como a ansiedade ou a depressão.
Se você se identificou com os sintomas da síndrome da impostora, não hesite em buscar ajuda. A psicoterapia pode ser um passo importante para superar essa condição e reconquistar a confiança em si mesmo.
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Com carinho,
Djenane Cunha
CRP 02/23548